A pedagogia Waldorf como palco de encontro entre a dança e o jovem
Palavras-chave:
Dança, Fenomenologia, Laban, Goethe, JovemResumo
O presente trabalho busca investigar possíveis relações do jovem no terceiro setênio com uma abordagem da dança enquanto linguagem na escola Waldorf. Para isso, há a apresentação de questões antropológicas do jovem no terceiro setênio apoiadas, principalmente, na revisão bibliográfica de estudos de Steiner e Livegoed. A partir dos 14 anos, no início do terceiro setênio, segundo a pedagogia Waldorf, dá-se o desenvolvimento do corpo astral no jovem e, com isso, surgem diversos desafios. Steiner aponta-nos que o corpo astral tem sua base na corporeidade (STEINER, 2014). Assim também é a linguagem da dança, que tem no corpo seu alicerce. Além disso, para contextualizar a dança na educação, a pesquisa aborda definições e objetivos de trabalhar a linguagem da dança apontadas na Base Nacional Comum Curricular, formulando perguntas norteadoras e possíveis associações: como a dança pode ser trabalhada na escola Waldorf de maneira a possibilitar ao jovem espaço para lidar com seus desafios e desenvolvimento? Como seria uma abordagem da dança alinhada à pedagogia Waldorf que pudesse ser espaço de desenvolvimento, de exploração desse jovem e suas questões? Para isso, a proposta desta pesquisa investiga os elementos coreológicos que Rudolf Laban, teórico da dança, desenvolveu como instrumentalizador do olhar fenomenológico proposto por Goethe e por Rudolf Steiner. A linguagem da dança coloca-nos de frente com o ser humano em seu mover; a linguagem da dança busca a expressividade do ser humano no corpo; a linguagem da dança sensibiliza o corpo de quem dança e oferece estrutura corpórea para investigar o sentir. A fenomenologia de Goethe e os elementos coreológicos desenvolvidos por Laban encontram-se para potencializar o fazer, o compreender, o fruir da arte e do desenvolvimento do ser humano integralmente.